molhada de Riso

E quando uma pessoa  faz a outra rir é que tudo se esclarece.



Quando alguém me procura para falar das suas dúvidas sobre o seu atual (ou futuro) relacionamento, eu faço duas perguntas:
- Pergunta básica (e crucial): Tem química?
- Pergunta simples (primordial): Essa pessoa te faz rir ?



A primeira pergunta geralmente leva 1 segundo para ser respondida.
A segunda pergunta, geralmente, leva a pessoa a pensar... e dependendo do caso, não há resposta.

Não é de sorrir que estou falando, é de rir, gargalhar alto, brincar. Porque se não tivermos isso, não há química que aguente “o depois”.

Não é preciso explanar as vantagens de uma boa risada, de uma louca gargalhada, e dos cruéis risinhos que só casais muito íntimos revelam. Todos nós sabemos o alívio visceral que o riso espontâneo proporciona.

Além de que é só neste momento, da gargalhada louca, é que você vai saber se a pessoa que você escolheu realmente aceita sua personalidade, se ela aceita você “do jeitinho que você é”.

Quando rimos ou gargalhamos, nos tornamos fortes e, ao mesmo tempo, totalmente vulneráveis. Não há armadura que aguente essa demonstração natural de estar bem com a vida, tanto a sua armadura como a do outro.

Não trago aqui o riso de escárnio, malicioso, esses, no meu prisma, deveriam ser proibidos, principalmente na frente de crianças.

Mas trago aqui o Riso molhado, entregue, líquido, inato a todos nós. 

Daquele riso que surge de um orgasmo, do riso dos micos que nos deixam nuas de vergonha, do riso natural que sai sem ao menos nos darmos conta, do riso que nos cura de doenças “incuráveis”.

Daquele riso temporal, quando nos lembramos dos nossos “ex” (esses risos são os melhores); nada mais gostoso do que gargalhar lembrando-se dos nossos choros infindáveis por aquele “idiota” lindo que nos apaixonamos e juramos morrer de amor.
Não riu ainda disso?
Pois eu afirmo, só assim você vai se perdoar e se curar (numa próxima postagem, ainda vou falar como realmente tirar vantagens de um Don Juan, vulgarmente conhecido como “galinha”).


Então, desloco novamente a pergunta e agora eu a faço ainda com mais profundidade:
Depois de cinco anos de relacionamento, VOCÊS RIEM JUNTOS?

Vou mais fundo.
 Proponho a você a perceber a pessoa que você escolheu para estar ao seu lado (ou aquela que está a caminho para isso).  

Vocês estão rindo juntos?
Riem separados?
Riem um para o outro?
Riem um do outro?

Lembre-se: o riso deve ser íntegro, amoroso, sensual e contagioso. Nunca nenhuma brincadeira deve ser para diminuir ou intimidar a pessoa com quem você está. Risos zombeteiros não valem nessa experiência.

Agora se você não sabe nem da última vez que riu com seu amado(a), é hora de rever seus conceitos.
Talvez seja você a limitadora do Riso na sua relação.


Vamos tentar?


Brindemos ao riso.