Até que ponto é saudável separar o nosso lado
profissional do emocional?
Até ponto é permitido você envolver seu lado pessoal do
profissional?
Por que as palavras emoção, amizade, sentimento,
compaixão e amor são (leia eram) tão abomináveis no mercado de trabalho?
Em nenhum momento quero trazer que devemos usar nossas
emoções para sustentar algo no trabalho e muito menos se desviar de
responsabilidades. E muito menos ser
evasiva, subjetiva e boazinha demais.
Mas acredito
fielmente que uma postura branda e amorosa consegue motivar e envolver mais e
melhor as parcerias no trabalho.
O que o ser humano (leia profissional) está é
desconfiado, competitivo, robótico, frio e separatista. Um mundo de energia yang demais.
Recentemente participei de um seminário sobre Gestão empresarial, no qual a
palestrante me deixou otimista e feliz.
As empresas estão mudando. As pessoas estão mudando.
Não é nada demais hoje em dia, e isso são palavras da
ministrante, “uma Mulher de negócios (ou um homem) atender em plena reunião um telefonema importante da família,
quer seja para atender um filho doente ou apenas carente, uma notícia sobre um tio que morreu, ou
mesmo o cachorro que se acidentou”.
A velha e ultrapassada frase “por favor, estou no
trabalho em uma reunião não posso atender”, cai por terra e entra o amor e
integração de todos os nossos lados: familiar, profissional e pessoal.
O ato de você emanar carinho e envolvimento não quer
dizer que irá interferir no bolso da empresa ou do cliente. E muito menos
comprometer sua competência e habilidades.
Trabalhei durante dois anos como redatora técnica
diretamente com um dos maiores grupos de engenheiros eletrônicos de uma das maiores
empresas de telecomunicação do Brasil.
Em nenhum momento deixei de ser a Bianca amorosa e
sentimental, e em nenhum momento isso
foi empecilho para que eu crescesse nessa empresa. A decisão de sair, de me
demitir, foi para realizar o meu sonho de ser escritora.
Mas tenho certeza que qualquer pessoa que entrar em
contato com quem eu diretamente trabalhei, ouvirá “ Ah.... a Bianca? Passional,
criativa, chorona, pimenta..... Mas sim, uma excelente profissional ”.
Sejamos mais humanos, sem medo..... sempre!
obs.: imagem baixada do site do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas.