Irmão de Luz

Por hoje, basta a imagem para percebemos que o importante é termos consciência do que esta data (por mais que seja simbólica ou tenha sido imposta) realmente representa.
E que os presentes sejam para Ele.
E o que Ele mais deseja, mas torce,  é que despertemos a luz que todos temos dentro de nós.


beijos iluminados 

Fios da Lua


Hoje acordei e olhei alguns fios brancos em meus cabelos.
Anos passando tonalizante, henna, e alguma tinta menos agressiva, olhei para eles  hoje com amor e admiração.
Meu cabelo não é preto, preto, mas sim um castanho escuro, que às vezes cai para médio e em outras desmaia um avermelhado nas pontas, por ser o fio muito fino.

Então, notei que os fios brancos lhe dão um ar de luz suave da lua, de algo que sutilmente fala “...e a sabedoria tem cor”.

Não vou julgar e nem aconselhar as mulheres a não esconderem os seus fios brancos,  pois o livre arbítrio está aí para deixar cada qual na sua escolha e gostos.
 E eu mesma não sei se não passarei o tonalizante que comprei na semana passada. Talvez passe no final do verão, pois o cabelo fica desbotado e sem brilho... ou eu me arrependa e queira “novamente” (leia ilusoriamente) meus fios da juventude.
Ainda preciso trabalhar muito isso.

Por ora, estou namorando meus fios da Lua, e me sentindo muito bem com eles.

Por ora, estou me amando profundamente e me aceitando aqui e agora.

Inseri algumas fotos de mulheres que quando eu as olho me vem logo a palavra gritando na garganta: PODEROSA!













Beijo da cor de luz da Lua!





brumas e eu - um mar dentro da alma



Contar como foi a criação do meu livro Brumas da Ilha é como escrever um outro livro.
Pretendo futuramente criar um encontro, uma palestra para que eu possa expor a profundidade com que foi "gestado" este meu sonho.

Por ora, vou contar um pouco da minha biografia... da minha história com Brumas, de como "elas" chegaram até mim.

Nasci em Florianópolis no mês de agosto de 1969. Na antiga Nossa Senhora do Desterro (é assim que está no meu facebook), Santa Catarina, estado localizado ao sul do Brasil.

Cresci em família somente de mulheres, minhas duas irmãs e minha mãe. Meu pai faleceu muito cedo (eu tinha 3 anos). A figura paterna me foi ausente, fui exposta a todas as oscilações lunares que fazem parte do universo feminino dentro de uma casa sem nenhuma interferência masculina. Imaginem um mundo de mulheres livres e selvagens, e multipliquem isso por 100.
E eram as amigas, primas, colegas, vizinhas, tias, mais amigas... tantas e tantas mulheres.
E nesse mundo eu cresci quieta, observadora e um pouco introspectiva. Mas posso afirmar que fui muito amada, sim pelo jeito peculiar de cada uma delas, mas muito amada. Hoje sei que toda a minha vivência neste maravilhoso mar feminino foi a base criativa para poder criar algo tão verossímil e belo como o livro Brumas da Ilha.   

Quando me formei em Letras Português pela Universidade Federal, em 2002, eu já havia passado um longo pedaço de minha vida. Divorciada, recomeçando a vida, conversei com um dos meus amigos sobre a ideia que já me perseguia desde 2000,  escrever sobre uma das lendas mais instigantes da minha terra: a vinda das Bruxas para a Ilha de Santa Catarina num porão de um cargueiro. Meu amigo me olhou e disse: “nossa... isso é demais!”.
Naquele ano, começo a sondar tímida e solitariamente livros e textos sobre a possibilidade de escrever um romance histórico, e não um texto acadêmico como todos esperavam.

Mas foi só em 2004, morando em São Paulo, eu realmente inicio a intensa pesquisa que me levaria a origem desta lenda:– a imigração açoriana à Ilha de Sta Catarina.

Começa um longo período de estudo sobre o Arquipélago de Açores: sua história, geografia, cultura, possíveis religiões e suas lendas. Descubro que as nove ilhas trazem muito mais do que lendas folclóricas, há um grande mistério que envolve até mesmo o seu descobrimento.

Na capital paulista, com incentivo de Rogério (meu atual companheiro), passei a dedicar intensamente meu tempo em pesquisa e estudos sobre os Açores, a história de Florianópolis e a cosmologia matriarcal (Velha Religião). Aqui meu sonho começou a dar seus primeiros passos.

Entre 2004 e 2005, fiz algumas viagens até Florianópolis  com intuito de pesquisar  nos acervos da UFSC e da UDESC, só então inicio o processo de criação ficcional do Romance Brumas da Ilha.

Em 2006, retornei em definitivo à Ilha e continuei as pesquisas e a criação. Porém, em maio deste mesmo ano, devido às "economias" em baixa, comecei a trabalhar em uma Empresa de Telecomunicações no Município de São José - Sta Catarina - como Redatora Técnica.
A criação logo ficou adormecida, pois não conseguia conciliar a jornada de trabalho de 9 horas com o desenvolvimento de pesquisa e artístico do livro. Fiquei sem escrever, e o que senti foi um grande aperto no peito e algo que me obstruiu o respirar.

Em setembro 2007, praticamente eu mesma “boicotei” minha promissora carreira na empresa (eu estava no setor de marketing de uma das melhores empresas de SC). Enviei uma carta ao presidente com críticas para lá de destrutivas sobre a sua administração e dos acionistas.
Em dezembro do mesmo ano, peço demissão, pois não havia mais “clima” em trabalhar em um local que eu mesma criticara.
Hoje compreendo que foi obra do meu “inconsciente”, algo dentro de mim gritava por criar, escrever, explanar, fantasiar, sonhar,  a me dizer para agir de alguma forma que me fizesse voltar e terminar o meu livro.
Com o dinheiro da demissão, "sobrevivi" até agosto de 2008. O romance estava quase terminado.

Em janeiro de 2009, faltando poucos dias para o término da entrega dos originais ao Edital Elisabete Anderle da Fundação Catarinense de Cultura, consegui terminar o romance e participar com o projeto As Brumas da Ilha, no setor Letras – publicação.
Em setembro de 2009, saiu o resultado dos projetos contemplados. Entre lágrimas, gritos, sorrisos, surpresa, comemorei o nome do meu projeto As Brumas da Ilha na listagem final.

Em 14 de agosto de 2010, consegui fazer o pré-lançamento Brumas da Ilha, na 22a  Bienal Internacional do Livro de São Paulo, através da minha Editora Isis de São Paulo. Foi uma vitória!
Em 27 de agosto do mesmo ano, aconteceu o inesquecível lançamento do romance na Livraria Saraiva do Shopping  Iguatemi de Florianópolis.
Meus amigos em peso foram, familiares que eu não via há muito tempo, pessoas que eu não conhecia foram lá me prestigiar e comprar o livro. Inarrável sentimento o que senti.

O retorno dos leitores é cada dia mais gratificante, e isso nutre meu espírito, minha alma e me faz ter consciência de que fiz tudo certo, e que ainda tenho longo caminho a percorrer...













Foto by Babi Balbis







Depressão: um outro Olhar


É,... esse tema não é fácil de falar e muito menos de escrever.
Mas tenho uma ânsia por conversar sobre isso. E vou ousar fazê-lo.

O que seria mesma a depressão?
Por que há momentos em que nós “caímos” numa tristeza profunda e (que parece) sem fim...?

Primeiramente, prefiro ver as doenças pelo prisma da medicina oriental: quando ela aparece no corpo, algo na alma que não está bem.
Tenho uma ligeira intuição de que a depressão é uma necessidade Yin (princípio feminino) do corpo em dizer não ao ativismo exacerbado do sistema Yang (princípio masculino) em que vivemos.

O que poderia ser a depressão senão abnegação ao retorno à nossa “caverna”, ao nosso “poço profundo”, às nossas “águas escuras e lamacentas”.  

Num sistema que obriga a você ser sempre ativa, feliz, sorridente, sexy, empreendedora, consumista e ao mesmo tempo econômica e equilibrada nas suas finanças, que exige um corpo Yang: magra, mas com seios enormes e quadril largo, não me surpreende  que a depressão é a doença vilã do nosso século.

E drogas lícitas são produzidas em massa para negar exatamente o que é necessário a todo ser humano: o mergulho até sua alma.

E se eu disser que esse mergulho não dói, estarei mentindo.
Ele só não dói, como rasga, dilacera, sangra, cria feridas; mas quando retornamos, voltamos conscientes de nós mesmas, fortes, indissolúveis, completas.

E é disso que temos medo, da nossa sombra, pois estamos habituadas a negar o escuro. Porque isso resulta em solidão, e o mundo Yang renega qualquer tentativa de você ficar sozinha; renega a introspecção, a retirada, a calmaria, a contemplação.

A boa notícia e que quanto mais você desce, mais imerge, mais forte fica e menos tem que mergulhar tão fundo.

O ser humano é fixado em luz e iluminação. Sim, devemos sempre nos direcionar para a luz, mas não podemos negar a nossa sombra. Ao fazermos isso, estamos negando a nós mesmos.

Recentemente tive que entrar na “caverna” (e há tempo que não fazia isso...). Mergulhei no lago escuro da minha alma e realmente não gostei nada do que vi. E o pior, você precisa gostar e aceitar para então poder saber lidar.
Fiquei dias chorando, perdida, odiando (algo que nem sabia que podia sentir), com pena de mim mesma e não querendo aceitar a minha escuridão.

Tive ajuda?
Sim. Não faça isso sozinha a não ser que já esteja por demais habituada.
Mas não foi nenhum psiquiatra ou psicólogo que me orientou (deixo claro que tenho o maior respeito por esses profissionais), mas sim uma Mulher mais velha, uma Anciã.

Uma mistura de portuguesa, espanhola e descendente de índios, conhecedora e guardiã de antigas tradições. Não, não, ela não é uma xamã, curandeira ou qualquer termos utilizados para descrever uma mulher sábia. Até muito pelo contrário.
Ela simplesmente é uma mulher que consegue trafegar entre os dois mundos.. Uma Mentora que resolveu me ajudar.
Um encontro nas Montanhas do Sul do Brasil (SC) que mais tarde iria mudar a visão de como eu via minha vida.

E quando nos permitirmos sermos ajudadas, mais possibilidades, pessoas e novos caminhos emergem nos guiando para nossa cura, nosso autoconhecimento.

Simples assim?
Sim, simples assim.

Isso não tem nada a ver com religião, fé ou filosofia. Tem a ver com você acreditar e amar você mesma. Acreditar que você é um ser que possui toda a sabedoria do universo dentro de você.  Saber que você faz parte de Tudo e que este Tudo está interconectado. E que há sombra e luz, e que você deve amá-las e aceitá-las por igual.

Feito isso, você começa a compreender melhor o outro, e quando isso acontece sua capacidade de amar cresce. E se começa a perceber que não existe nada e nem ninguém perfeito.
Quer um exemplo bem louco?

Numa primavera atrás, eu estava no meu jardim e uma mosca pousou em mim. Nossa que nojo!!! Matei sem dó nem piedade. Argh...
No mesmo dia, uma linda e pequena borboleta azulada quase pousou em mim. Ai que emoção, que linda. Mas ela preferiu seguir para outro lugar. E eu a segui como uma fada no bosque,.... e fiquei estupefata quando eu vi a “preciosa” borboleta pousar em cima do “cocô” do meu cachorro e se deleitar com tal feito.

Sim, as borboletas tem sua sombra.... (risos). 
Hoje em dia eu continuo a gostar de borboletas, mas passei a não odiar tanto as moscas.

Então quando vir aquela tristeza infinda, aquele momento de se recolher e novamente entrar na caverna, encare isso de outra forma, com respeito, aceitação e amor. Pois é um momento todo seu, de mais ninguém. E diga: “e lá vou eu, visitar minhas profundezas, minhas tristezas, minha dor, minha sombra”.

Não estou dizendo para ninguém largar seu remédio de tarja preta neste momento. Mas que se comece a refletir sobre isso que escrevi. E que comece a procurar um caminho que você consiga chegar até sua alma, e em tudo que ela representa e traz.

E a “depressão” vai sumir?
Não, ela não vai nunca sumir. Você só vai aprender a lidar com ela.

Existem terapias e vivências nas quais você tem um despertar da alma; Reiki, Constelação Familiar, Mandala de Tara, Círculos de Mulheres, Danças femininas.
Experimente-as!
Aos poucos, em dose lenta, em ritmo Yin, ela irá se afastar, adormecer, dando lugar a consciência da sua alma.

Aí você pode me dizer neste momento: “Isso não é fácil!!!”

Parafraseando uma grande Guia Espiritual, Prema Dasara, eu respondo: “E quem disse que seria fácil?”
Apenas tente!
Dê essa chance a você!


Beijo de luz e sombras





Centro de Parto Normal - uma nova esperança


Hoje recebi uma pequena revista de um dos candidatos a prefeito no município onde moro.
Não, não  se preocupem, não vou fazer campanha, nem mesmo vou mencionar o nome do candidato. Mas deixo aqui meu contentamento ao ver o programa de governo que ele pretende implantar, principalmente quando vi a sigla CPN (Centro de Parto Normal).

“O diferencial desses locais será o ambiente que oferecera bem-estar e tranquilidade às gestantes. Ali, serão elas que escolherão a melhor maneira de dar à luz, sempre de forma natural, sem uso de medicamentos e com a presença dos acompanhantes de sua preferência.  As unidades terão como prioridade a humanização no atendimento. Em geral, os CPNs serão liderados por enfermeiras-obstetras que conduzirão o trabalho de parto”, diz a proposta.


Sim, não serão parteiras e doulas... mas já é um bom começo, não acham?

O importante é a criação de uma espaço que seja propício para o momento que todos nós seres humanos viemos ao mundo. 
Como disse a coordenadora de parteiras tradicionais do Brasil, Suely Carvalho, numa das íntegras e esclarecedoras palestras do evento "A Voz das Avós" (Brasília, 2011), "hospital é lugar para os doentes, os enfermos, não para o nascer de uma nova vida".

Espero que realmente este candidato vença... e que principalmente cumpra a sua proposta.



bjos de luz

Espaço de Sonhos


Biblioteca é a minha paixão. Digo paixão, porque não é algo suave, equilibrado.

Quando estou em algum lugar que preciso esperar por alguém (e eu não gosto de esperar), nada melhor do que um universo de palavras e brochuras. Então dou preferência para marcar com alguém perto de algum “espaço de sonhos”. E ali eu me resvalo pelos corredores, pelas cores velhas e vivas dos livros. Puxo vários e os levo para a mesa. Iria mentir se fizesse a imagem de uma leitora equilibrada que abre o livro calmamente e se deleita. 
Não, eu não sou assim. Eu abro um, dois, cinco. Começo a ler o prefácio e logo disparo para o “conteúdo”. Sim, eu quero devorar as letras os mais rápido que puder, tenho pouco tempo na terra. "Sou lenta demais", me descrevo.

A maestria com que o filme “Cidade dos Anjos” abordou o espaço de uma Biblioteca foi primoroso. Seres celestiais, vestidos de preto, que habitam estes lugares encantados, e que a cada pôr-do-sol se doam ao som do universo e da beleza da vida que morre e renasce.
Mas para onde mais iriam esses seres, quando o tempo para eles é eterno?
Se lhes resta somente esperar longa e pacientemente pelo despertar da nossa (in)consciência...

Quando pensei em contratar um ensaio fotográfico (eu com o meu livro), pensei onde e com quem eu poderia fazê-lo.
A ideia me surgiu amorosamente:
Onde: Biblioteca Prof. Osni Régis.
Quem: Babi Balbis e Lia Matias, proprietárias da  F/4fotografias esoluções integradas.
  
Entre 1500 exemplares do acervo, eu me senti em casa.  Aqui Mostro um pedacinho do resultado!
Mas antes agradecendo: 
À Maria, cuidadora da biblioteca e dos anjos que lá existem, por permitir que fizéssemos o ensaio.
À Izabel Régis, filha do Prof. Osni Régis, a herdeira do espaço dos sonhos, gratidão por manter e compartilhar com todos a aspiração de seu pai.
Às minhas fotógrafas sensacionais, Babi Balbis e Lia Matias.




                                         O espaço




                            Izabel Régis e eu                             Eu e Maria



beijos mil !





"Bruma no mar", um presente de Portugal


Poucas pessoas sabem a história da obra que ilustra a capa do meu livro.
Então, aqui está mais uma das conexões e encantos do Brumas.

Com apenas um mês para a enviar o livro para a gráfica, eu simplesmente havia detestado as capas que a editora havia me enviado para eu escolher. Sabe o que é olhar e não se identificar com nada, e o que é pior, não identificar a sua obra às imagens.

Era domingo, dia chuvoso, eu nervosa. Segunda seria o prazo para eu decidir entre as "possíveis" opções da capa. Não havia mais tempo. Respirei fundo e pedi aos anjos, a Grande Mãe que me desse uma luz. Digitei a palavra “brumas” no Google. Minha cabeça ardia em chamas, e algumas lágrimas evitei cair.

Imagens de névoa passeavam a minha frente, quando por um momento eu deparei com uma obra. Petrifiquei... e cliquei na imagem. Um blog surgiu falando algo sobre uma exposição de arte das obras de Luis Nogueira, de Lisboa, Portugal. 
O título do quadro era “Bruma no mar”. Enviei um e-mail imediato, perguntando sobre a possibilidade de eu utilizar a obra para ornamentar a capa do meu livro. Pensei, “esse português vai me chamar de louca”.
Mas para minha surpresa e alegria, ele, o artista plástico Luis Nogueira, me respondeu quase que instantaneamente comentando que se sentia lisonjeado com a proposta. Meu coração disparou. Dei um grito de felicidade. 

Foram três dias de tensão e êxtase! Sem nos falarmos por telefone, Luis Nogueira confiou totalmente em minhas palavras “digitais” quando afirmei que não iria modificar em nada a sua obra. No início, ele desconfiou e até relutou dizendo que havia se arrependido. Mas ele sabia que do modo como aconteceu, não fora coincidência. Minha obra “Brumas da Ilha” havia encontrada no outro lado do oceano sua irmã gêmea, “Bruma no mar”; e ainda mais sendo de Portugal.
Quando eu lhe enviei a arte final por e-mail, Luis não se conteve e rompeu em elogios mostrando-se  um amigo ainda mais amoroso. Mais tarde, eu lhe enviei apenas dois exemplares do livro. Digo apenas porque Luis merece muito mais.

Grata, Luis Nogueira, meu eterno amigo, por esse presente genuíno e fascinante. Sua obra faz parte do meu livro, sempre fará. Eternamente...

                                Galeria de Artes, Lisboa, Portugal (2011)








beijos em brumas