Biblioteca é a minha paixão. Digo paixão, porque não é algo suave, equilibrado.
Quando estou em
algum lugar que preciso esperar por alguém (e eu não gosto de esperar), nada
melhor do que um universo de palavras e brochuras. Então dou preferência para
marcar com alguém perto de algum “espaço de sonhos”. E ali eu me resvalo pelos
corredores, pelas cores velhas e vivas dos livros. Puxo vários e os levo para a
mesa. Iria mentir se fizesse a imagem de uma leitora equilibrada que abre o
livro calmamente e se deleita.
Não, eu não sou
assim. Eu abro um, dois, cinco. Começo a ler o prefácio e logo disparo para o
“conteúdo”. Sim, eu quero devorar as letras os mais rápido que puder, tenho
pouco tempo na terra. "Sou lenta demais", me descrevo.
A maestria com que
o filme “Cidade dos Anjos” abordou o espaço de uma Biblioteca foi primoroso.
Seres celestiais, vestidos de preto, que habitam estes lugares encantados, e
que a cada pôr-do-sol se doam ao som do universo e da beleza da vida que morre
e renasce.
Mas para onde mais
iriam esses seres, quando o tempo para eles é eterno?
Se lhes resta
somente esperar longa e pacientemente pelo despertar da nossa
(in)consciência...
Quando pensei em
contratar um ensaio fotográfico (eu com o meu livro), pensei onde e com quem eu
poderia fazê-lo.
A ideia me surgiu
amorosamente:
Onde: Biblioteca Prof. Osni Régis.
Entre 1500
exemplares do acervo, eu me
senti em casa. Aqui Mostro um pedacinho do resultado!
Mas antes
agradecendo:
À Maria, cuidadora
da biblioteca e dos anjos que lá existem, por permitir que fizéssemos o ensaio.
À Izabel Régis,
filha do Prof. Osni Régis, a herdeira do espaço dos sonhos, gratidão por manter
e compartilhar com todos a aspiração de seu pai.
Às minhas
fotógrafas sensacionais, Babi Balbis e Lia Matias.
O espaço
Izabel Régis e eu Eu e Maria
beijos mil !