(como foi o processo de criação da continuação do Brumas da Ilha)
Filhas da Lua
surgiu do pedido dos muitos leitores do Brumas
da Ilha.
Por mais que eu havia deixado uma margem
para a continuação do enredo,
eu realmente não sabia o que fazer... ou melhor o que
escrever.
Apenas pedi orientação à Espiritualidade e aguardei.
Em 2011, sentada em um restaurante,
observei que havia um numerador de mesas.
A minha era o número 13. Era um toco
de madeira, um pequeno triangulo no qual havia a seguinte figura grafada em
preto:
Um corpo de uma mulher esguia
representava o número 1 e o corpo de um
monstro (dragão) representava o número 3. Os dois estavam frente a frente, numa
linda simbiose.
Meus olhos cravaram naquela rústica
arte. Não mais comi. Fiquei olhando, vendo, imaginando... enquanto toda a
história de Sofia e Daemon (as personagens do livro) inundavam meu
coração.
Eu precisava daquela imagem. Perguntei a
uma das proprietárias, Ariadne, quem havia criado aquela imagem. Ela sorriu-me:
“eu”.
E foi dali que eu soube que ela era uma
ceramista, dona de artes lindamente incríveis. Eu a ouvia, mas meu coração
pulsava para aquela pequena, rústica e magnética imagem.
A sensível Ariadne com certeza deve ter
notado. Ela com seu meiguice doida apenas me disse: “leva pra ti.”
Meus olhos se acenderam, porém no início
relutei.
“Eu faço outro”, e colocou o pequenino
objeto dentro da minha bolsa.
O adulto em mim dizia ser loucura trazer
um monstro marinho para dentro do livro que todos os leitores aguardavam
ansiosos. Brumas da Ilha estava já a se tornar uma referência da história mais verossímil sobre as “bruxas” de
Desterro.
Mas uma voz selvagem, inocente,
incorrigivelmente sonhadora clamava
dentro de mim.
“Escreva sobre os Seres encantados, não
tenha medo... apenas nos traga de volta.”
“Mas vão me chamar de maluca,” respondi
temerosa.
“Traga-nos de volta, vivifica-nos
através da tua escrita feminina”, a voz insistia.
Foram dois anos de muita emoção. O processo
de criação do livro Filhas da Lua
foi
totalmente diferente do Brumas da Ilha.
Brumas foi dolorido
porque eu ainda não estava preparada para ser um canalizadora de memórias.
Muito choro, muita transmutação de dores, muito sonambulismo, acordava com capítulos inteiros na mente e
corria para o computador registrar para não ficar com muita coisa na cabeça.
Quando o livro ficou pronto, eu me vi fraca e exausta.
Filhas da Lua foi diferente. Era a
criança, a menina moça que me provocava a contar uma história cheia de magia e
encantos. A personagem que agora se apresentava era atrevida, selvagem e
esperta.
E havia ele.
Daemon...
Eu o trouxe do fundo da Lagoa.
Ele é verdadeiro. Existe.
Coexiste em nossa dimensão, só que de
outra forma.
Em 2016, conheço a artista plástica
Andrea Honaiser.
Eu já não tinha mais o pequenino objeto
de madeira que trazia a grande arte de Ariadne.
Mas havia entre eu e Andrea
uma conexão muito forte.
Dei para ela o original do Filhas da Lua
e disse-lhe, “há alguém esperando para ser acordado”.
Ela disse, “eu sei. Vou ler e depois te
envio a imagem.”
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Alguns dias atrás, entrei em contato com Ariadne Van Der
Line. Ela não acreditou quando lhe falei que aquele "toco de madeira" com a sua linda arte havia sido o despertar para que a história do Filhas da Lua surgisse como um rio límpido e fresco na minha mente, no meu coração. Ela não mais lembrava, mas insisti e fiz de tudo para reavivar sua memória. E deu certo!
Ela depois de alguns minutos me enviou um esboço no papel.
E aqui estão, as duas imagens.
A versão de Ariadne, do qual tudo se criou, e a versão amorosa de Andrea Honaiser.
Gratidão imensa
Eu só tenho que agradecer por tudo. A cada pessoa que surgiu no meu caminhar (navegar), agradecer a essas duas lindas Mulheres.
Desejo aqui também agradecer ao artista plástico Luis Nogueira (Lisboa, Portugal) por novamente ceder os direitos autorais de uma das suas belíssimas obras; essa agora é Moonlight Sailing (óleo sobre tela). E não poderia ser diferente. Luis Nogueira faz parte e sempre fará dos meus livros.
Entre sonhos e sorrisos, minha criança pede para a sua criança sorrir.
Acordemo-las !
E aqui está ele. Daemon, o Monstro Marinho ❤
Sofia & Daemon por Ariadne Van Der Line
Daemon & Sofia por Andrea Honaiser
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Gratidão ❤