Gosto de sentir que todos nós possuímos um Animal totêmico (ou
até mais).
Trazemos conosco algumas das suas
características que nos ajudam no caminhar da nossa jornada.
Os animais estão aqui para nos ajudar. E
se tivermos a sensibilidade de observá-los, podemos, através dos seus
comportamentos, ler as mensagens que eles nos oferecem.
Quando ignoramos nosso animal totêmico,
deixamos de entender muitas lições que poderiam ser aprendidas com mais
facilidade e tranquilidade.
Totêmico vem do termo Totem, originário do Povo
Ojbwas que habitavam a região Oeste em volta do lago Superior, localizado na América do Norte.
É como seu fosse nosso Símbolo Sagrado, nosso ancestral, algo que já fomos foi um dia...
Mas como saber qual o seu Animal
Totêmico? O seu Totem?
Algumas pessoas podem até precisar de
rituais para se conectar com seu animal emocional.
Porém, posso afirmar que é preciso
apenas silenciar a alma. O silêncio para ouvir o coração, o corpo, as
entranhas, o DNA.
Porque simplesmente você, só você, pode
saber a essência do animal que você traz consigo.
Existe também aqueles que aparecem e nos
guiam durante um certo período.
Já fui guiada pelo Totem da Aranha por anos e anos.
Duas perguntas simples, mas profundas
que podemos fazer para encontrar nosso animal guia.
Qual o animal que você se deslumbra, se
alegra, se chateia e até mesmo sente um certo medo (os animais também trazem
nossa sombra)?
Qual animal que você mais sonha?
Para mim, essa última pergunta é a mais
convicta.
Sonhos são “o tocar da alma”. É quando
musicamos suavemente nosso corpo. É quando as células conversam com mais calma
e se lembram com nitidez de onde viemos.
Quando eu comecei a contar quantas vezes
sonhara com baleias e golfinhos, passei a prestar mais atenção neles.
Morei sete anos nos pés das Montanhas, e
durante esse período, eu sonhava com esses animais quase como me “chamando” de
volta para o lar.
Amo as Montanhas!
Elas nos acolhem, nos sustentam, nos
fazem olhar para dentro de nós num silêncio, às vezes insuportavelmente,
necessário e amoroso.
Mas, o Mar.... ah, o Mar.... essa amante
que me chama, que insiste em me amar de um jeito único, liberto e quase
“luxurioso”.
Essa Mãe serena, que deságua oceano
em mim,
que me pede para (en)cantá-la
, que me revela segredos
profundos e audíveis só para Mulheres focas, golfinhos
e as Anciãs dos Mares.
Mulheres marítimas se reconhecem, chega
até ser engraçado;
elas se cheiram, sentem sangue de peixe fresco,
intuição precavida de caranguejo e um andar lânguido
de quem usa saia
de algas.
Comece a perceber sua turma, seu grupo.
Onde você se sente melhor...?
Onde fica menos doente...?
Qual o lugar que lhe dá uma energia
vital...?
Qual o lugar que você se sente em
casa...?
E depois procure saber quem são os
animais desse habitat...
Simples assim.
Afinal, no fundo... bem no fundo das nossas águas
sabemos qual animal pertencemos.
E as Baleias?
Como escreve Jamie Sams, no seu livro
Cartas Xamânicas,
Baleia...
Você conheceu todos
Os poderosos oceanos.
O segredo dos tempos pretéritos
Pode ser ouvido em seu chamado.
Ensina-me sua linguagem
Para que eu possa compreender
As raízes da história
Da gênese de nosso mundo.
fotos by Sebastião Salgado