“Bruma” é uma palavra originária
do latim e é relacionada ao Solstício de Inverno, época do Inverno.
Nesse último final de semana,
compartilhei risos, caminhadas, sonhos, lágrimas, percepções, certezas e mesa
farta com um grupo de pessoas num maravilhoso e aconchegante espaço nas
Montanhas.
Num dado momento, uma delas soube
que eu era a autora do livro “Brumas da Ilha”, então ela me perguntou com uma
feição curiosa, “existiu o momento em que você se afastou de tudo, que realmente
imergiu na escrita?”; parei, olhei para ela
e respondi um “sim” com tranquilidade, porque hoje consigo falar com mais
propriedade sobre a história que reproduzi.
Porém, se fosse há uns dois anos
não seria tão fácil responder essa pergunta.
No momento em que você descobre
(entre pesquisas e estudos) que há uma história verossímil sobre uma lenda
folclórica que envolve sua terra, e que tudo que você sentia, respirava,
observava tinha fundamento, ... tudo se torna Inverno.
Eu me invernei para escrever “Brumas da Ilha”. Me escureci, me ocultei,
rastejei até entrar num casulo e assim poder pontilhar uma das histórias mais
lindas que eu já havia descoberto nesse mundo. E era através de mim que as
pessoas saberiam desse lado da história que nunca havia sido contado. A
história de o porquê de Florianópolis (Floripa) trazer um traço encantado e
etéreo que originou o título de Ilha da
Magia.
Três anos depois de publicar o
livro, vê-lo ser uma referência tanto para historiadores, acadêmicos, quanto
para mulheres que sentem o chamado do Sagrado Feminino na Ilha, não tive
dúvidas que esta história precisava ser mais ampla e que as pesquisas só haviam
começado.
A história de “Brumas da Ilha”
segue com mais dois livros.
Uma trilogia.
Uma tríplice para contar uma
história sagrada.
O original do segundo livro já
está pronto. O terceiro está em processo de criação.
Como vou publicá-los?
O Universo já está conspirando
para que isso aconteça.
Então peço gentilmente licença às
leitoras e aos leitores, vou aproveitar os últimos dias de escuridão do Inverno
para semear meus escritos, me nutrir da Terra quieta e me desacelerar do mundo.
Vou permitir invernar-me
beijos de brumas