...é na
quietude/morte do outono, que percebo a benção das estações.
E ele indica
o diminuir o ritmo, a desritmar da eloquência, o movimento contínuo e
melancólico do esvaziar das folhas velhas.
E eu me
recolho, repenso e não peso tanto em minha alma. O vigor do verão precisa ser
amenizado, é momento de outonar...
Outonar no fazer amor, no passar o óleo pelo corpo, no acariciar o
cachorro, e no sorriso demorado para uma criança, para um idoso (tanta faz,
eles são seres iguais em sabedoria e divertimento)...
E a câmara da
nossa vida passa lentamente, como no filme “The Piano”, da diretora Jane Campion, onde a voz já nem precisa existir
porque o som do silêncio é o que passa a reverberar no corpo.
( se você não assistiu ao filme 'The Piano", se programe felinamente para isso. Se já o assistiu, eu recomendo a vê-lo novamente... com os olhos outonais )
( se você não assistiu ao filme 'The Piano", se programe felinamente para isso. Se já o assistiu, eu recomendo a vê-lo novamente... com os olhos outonais )
Já quase me
derramando nas palavras, pincelo uma imagem que verte meus olhos em mares...
sempre verteram...
Aqui, um dos meus filmes favoritos:
Beijos outonais